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VHF: Canal 77 |
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Subida Lagos-Bayona/algumas experíências.
Dia 16 de Agosto larguei de Lagos/Algarve com destino a Bayona.
aqui vai um pequeno relato: Dia 16, às 10h larguei de Lagos( mais tarde do que queria devido a um pequeno problema mecânico). Vela grande e motor. Vento NW / 10 a 15 nós. Ao passar Sagres( a meia milha da costa um encontro próximo com 3 tubarões martelo de +-3m). O vento como de costume acelerou entre Sagres e S.Vicente. Passado S.Vicente fiz rumo para fora para fugir ao mar desencontrado e ao vento mais forte por efeito do cabo. Quando virámos dava rumo quase directo a Sines, onde decidi entrar para descansar um pouco. Entrámos em Sines às 03h00, lançámos ferro na bacia junto à marina ( atenção à luz de fundeio e à bola negra...), depois de dormir um pouco largámos para Cascais às 06h30. Dia17: Rumo a Cascais sempre com vento WNW moderado( aumentando à tarde como é dos "livros"), ao passar Cabo Espichel começámos a sentir os efeitos da corrente do Tejo ( a encher) já junto à barra do Tejo tivémos que dar direito a rumo ao "Independance of the Seas" que ia a sair de Lisboa. Marina de Cascais às 18h00. ambiente calmo depois da confusão anterior com a "Taça America". Jantar e dormir! Dia 18: Saída às 07h00( se avisarem que querem sair cedo o marinheiro de serviço devolve a caução dos cartões de acesso, basta chamar no VHF 09). Primeiro destino pensado era Nazaré mas decidi entrar em Peniche. Sempre vento fraco a moderado de NW (o Cabo da Roca passou-se bem com 15/18n de NW e 1,5/2 de vaga). Em Peniche encostar no cais exterior da pequena marina( atenção a muitas defensas e não ter o barco demasiado "preso" e em caso de estarem amarrados a outro barco aos mastros...) a sentir o efeito da agitação provocada pelos arrastões e outros barcos de pesca a entrarem e saírem. O pessoal da marina é muito simpático!Jantar e dormir. Dia 19: Saída para a Figueira da Foz às 07h00. Algumas vagas grandes ( montanha russa!) a passar o Cabo Carvoeiro, que depois acalmaram. Rumo directo à Figueira com WNW e mar de 1,5/2 de nw e ....corrente contrária de 0,5 a 1 n. Entrada na Figueira ( atenção à entrada se for de noite e aos barcos de pesca na barra), atraque no Cais de recepção ( é de cimento com pneumáticos negros nas pontas...) e tem também bomba de gasóleo. , formalidades de entrada com a GNR e depois de escolhermos(nós) o lugar para atracar ir à marina para pagar ( pelos vistos há muita gente que se esquece....pois o código das portas de acesso e das duchas é fornecido pela GNR). Jantar no pequeno restaurante, mas simpático e com comida boa do clube náutico da Figueira ( podem pedir acesso gratuito no restaurante ao WIFI). Dia 20: Saída da Figueira às 08h00 (já só dois tripulantes dos 3 iniciais) rumo a Baiona ( 122 milhas). Passado o Cabo Mondego fiz um rumo a um waypoint ao largo de Aveiro para aproveitar os ventos térmicos previstos. Lá andava o MV/ VESPUCCI a fazer prospeção sísmica e a pedir um resguardo de 1 milha à proa, 2 de cada lado e seis à popa. Sempre a chamar veleiros que se metiam no caminho e não iam à escuta no vhf16... Nem tinham ouvido no vhf ou lido no navtex os avisos de navegação.. Óptima velejada com ENE de 15 a 18 n e de repente o vento salta para SW com 25 a 30n... reduzir pano e lá seguimos. Depois do Waypoint em Aveiro marquei outro ao Largo de Leixões até onde seguimos com um ENE simpático. Depois continuo o relato))
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Re: Subida Lagos-Bayona/algumas experíências.
Depois de Leixões, rumo às bóias (a Norte da Póvoa) ( são bóias cardinais que protegem uma estação experimental de produção de energia), pode passar-se entre elas e terra, mas à noite preferi passar por fora.
Vento de NW 4/5 e o mar um pouco escangalhado. Depois das Bóias fiz rumo ao waypoint a dar resguardo às pedras em frente ao Farol de Montedor ( alguns amigos Espanhóis conhecem-nas bem) devem ser umas pedras com nacionalismos ultrapassados)). À meia-noite fui vendo, durante 45 minutos, os fogos das festas da Snra da Agonia, em Viana do Castelo, a seguir a Viana o mar acalmou, assim como o vento. Antes de deixar águas Portuguesas (uma milha a sul do Rio Minho) ficámos presos numa rede de pescadores ( ilegalmente estava à superficie e perpendicular à costa) depois de examinar a situação verifiquei que a prisão era pela quilha(orça) ( não havia problemas com a élice nem com o leme. O barco estava com a rede enrolada na quilha e ficou de popa para o mar e a corrente, forte, do Rio Minho. Não me apetecia, às 05h00 (noite) e com água a 15º fazer um mergulho.... Havia uns barcos de pescadores a 3/4 de milha a quem chamei por vhf e com um foco potente, não fizeram caso ( sabiam o que tinham posto ali....). Chamei então no vhf 16 o MRCC-Lisboa (centro de coordenação de salvamento na costa Portuguesa- tomem nota) que prontamente activou a saída de uma embarcação da Polícia Marítima de Caminha( Rio Minho) para nos auxiliar. Entretanto com a mudança de maré( e de corrente) conseguimo-nos livrar sózinhos e seguimos rumo a Bayona. Na conversa posterior com a Polícia Maritima de Caminha ( para cancelar o auxílio e agradecer) soube que agora alegislação proibe esse tipo de redes e que as varas com a sinalização dos aparelhos têm que ter uns pequenos reflectores de radar. A Marinha de Guerra Portuguesa passa a vida a levantar redes ilegais e a multar os faltosos. No nosso caso se estivesse mar e vento fresco poderia ter sido complicado... Depois desse atraso seguimos rumo à boia do cabo Silleiro e depois Baiona onde chegámos às 09h00. Que bem me soube o duche quente)
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